domingo, agosto 14, 2005

O hoje preso ao passado

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Como toda canceriana que se preze, sou visceralmente ligada ao passado. E uma das coisas que mais me fascinam são fotos antigas. Sempre me lembro de um livro que li na faculdade, de Roland Barthes, "A câmara clara", em que ele fala de como ficou impressionado com um quadro do pequeno filho de Napoleão. Ele se deslumbrava com a idéia de que olhava os olhos que viram o grande Bonaparte.
Eu sou um pouco assim. Há aqui no Breviário uma foto chamada "Paulette e André". Fico imaginando qual o destino daquelas duas crianças, uma amizade tão risonha e alegre. Assim como penso como terá sido a vida dessas três crianças, filhas dessa imigrante, e de todos esses homens e mulheres embarcados para uma vida nova na América. Quantos foram felizes, quantos tiveram morte triste ou quantas personalidades influentes, poderosas ou famosas hoje elas geraram.
É estranho olhar pessoas que, com certeza, hoje estão mortas, mas se eternizaram na fotografia.

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