quinta-feira, abril 13, 2006

A sangue frio

Na terça-feira da semana passada, minha empregada (que virou diarista) levou a irmã mais nova para ajudá-la. A esperar as duas, uma pilha gigantesca de roupas para passar. Minha empregada ficou encarregada da limpeza e botou a irmã mais nova (que não conhece a casa nem como eu gosto que o serviço seja feito) para passar a roupa.
Tábua de passar roupa, ferro... Onde está o esguicho? Ah, pendurado no tanque, e já com amaciante e água! Minha empregada lavou banheiro, cozinha e área de serviço com toneladas de desinfetante - o cheiro, quando cheguei em casa, dava para sentir na esquina.
Pois além de perfumar toda a rua, o cheiro também serviu para ninguém perceber que as roupas (dois baldes imensos, cheios até em cima) foram passados com inseticida para plantas. As primeiras roupas a serem passadas foram as das meninas e as minhas. O segundo balde - com lençóis e toalhas - receberam jatos de água mais pura, já que a garrafa do esguicho já tinha sido enchida de novo.
O resultado: eu só parei de vomitar no domingo. Catatau não sofreu nada, porque ela não chegou a vestir nenhuma das roupas recém-passadas (ela leva sempre mais mudas de roupa na mochila que a irmã). Zé Colméia ficou com os pés absolutamente inchados. Uma bola e os dedinhos. Muita dor de cabeça, vômitos e sudorese intensa. A sorte foi que, procurando mais panos de chão para limpar o quarto de madrugada, vi que o esguicho que uso nas plantas estava guardado junto com o ferro de passar roupa, vazio. Acordei minha empregada às três da manhã - e ela acordou a irmã, que confirmou que passou a roupa com veneno das minhas samambaias.
Entre mortos e feridos, salvaram-se todas nós.

Um comentário:

anouska disse...

nossa, você sumiu! imagino que estava se recuperando do banho de inseticida... bj