sexta-feira, dezembro 22, 2006

Depois



A gente quer ir pra Paris, Barcelona ou Nova York. Ou, quem sabe, Lisboa e Milão. Quer finalmente deslanchar no inglês, no francês, no italiano. Deseja ter tempo pra ouvir CDs, ler livros finalmente, botar em dia os DVDs que ainda vamos comprar. A gente quer entrar na loja e nem perguntar o preço: "Eu vou levar". Queremos bater os olhos em alguém e sentir aquele friozinho na barriga - e ter certeza que o outro também sentiu. A gente espera que os olhos dos filhos brilhem ao rasgar o papel de presente (sim, eles não são da geração "Não rasga o papel que eu quero guardar!"). Damos todo o crédito a Papai Noel por ter acertado que era AQUELA Barbie, de sapato verde, e não AQUELA Barbie, de sandália vermelha.

Queremos ter certeza que no fim do mês não vem um "menos" na frente do saldo; queremos que todos raspem os pratos - e tenha sempre algo muito bom e gostoso neles. Desejamos de todo o coração que ele (ou ela) abra aquele sorriso luminoso e generoso ao nos olhar (e não apenas ao nos ver). Sonhamos com janeiro e o auge do verão; com fevereiro, e aí vem o carnaval e as aulas começam. Abril já traz aquele vento fresquinho, anunciando junho e julho - e aí você pensa que será que dá para passar um fim de semana na serra, no sítio, em casa abraçado?

Você pensa como será agosto - mês do desgosto, mas quem não aposta que será diferente? Vai ser, sim. Porque setembro tem feriado, outubro também, e novembro, e estamos na primavera, dias lindos de céu claro, sem nuvens, e com aquele calor que esquenta, não incendeia (o que quer que seja).

E dezembro chega, e você suspira - chegamos a mais um fim. Mas não tem fim quando temos amigos que, mesmo sem nunca termos encontrado pessoalmente, nos mandam mensagens engraçadas, animadoras, implicantes, agressivas até (e faz parte de qualquer amizade que pretende durar muito e muito tempo), preocupadas, inquisidoras, amorosas, poéticas.

Amigos que mandam também afeto, carinho, preocupação, desejos, ambições, repreensões, orgulho, preconceitos, amores, culpas, ânimo, alucinações e concretudes.

Eu ganhei muitos e muitos amigos este ano. Ganhei muito mais coisas que poderia sequer desejar ou esperar. Uma parte muito grande do que tenho hoje devo a quem sempre teve uma palavra pra mim, seja ela qual fosse.

A gente espera sempre que os amigos não sumam.
Isso é o que eu desejo de Natal. Por favor, em 2007 não sumam.

De mim, da Zé Colméia e da Catatau, beijos para todos, bom feriado. A gente se vê depois.

7 comentários:

Anônimo disse...

:***

(Me pediram para digitar 'nnuovi' :D)

Alline Katyuza disse...

Olhe...
sempre venho por aqui, amo ler o que você escreve, e com o carinho e todas as outras emoções que você transcreve o seu dia.
Não a conheço, mas te acho uma pessoa muito interessante.
Parabéns pela linha família.
Bom feriado!
Que ventos bons soprem na sua praia...sem causar alvoroço no mar...
Um beijo.

anouska disse...

pois se depender de mim, desse mal você naõ morre... não pense que vai se livrar de mim rápido, inda mais escrevendo coisas lindas como essas aí. certos encontros "are meant to endure". bjs e feliz natal pra vocês

off topic: já ouviu o CD? eu AMO aquela guria, mas dá um certo estranhamento no começo...

Anônimo disse...

Aprender todo o dia, com as experiências boas e ruins, tirar proveito de tudo e, se necessário, recomeçar, sempre com garra...este é o grande desafio!!
Que o Natal seja harmonioso e 2007 de farta colheita (de bons momentos).
Continue nos emocionando com tuas lindas palavras!
Beijos
Ana

Marilia disse...

Lindaaa!!! Esse post foi lindo. E eu nunca vou deixar de passar por aqui. Nunca.

Beijos mil e um ótimo feriado.

Anônimo disse...

passei uns dias fora, mas não pude deixar de dar uma espreitadela aqui no teu cantinho assim que cheguei :)

que tenhas um excelente natal e que entres com o pé direito em 2007 :)

muita, mas muita mesmo saúde, paz, alegrias...

beijocas estaladiças*

Anônimo disse...

Feliz 2007 e que você continue escrevendo divinamente como em 2006.

bj,