segunda-feira, novembro 19, 2007

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Como a gente perde alguém com quem falamos todo santo dia por e-mail, através de cartas ou encomendas contendo bobagens como um álbum de figurinhas sem nada colado e todos os cromos a colar - e nenhum repetido?

Como a gente perde uma risada torta, engasgada?

Como a gente perde uma fã ardorosa, maluca, esganiçada, fã de um cantor envelhecido 30 anos que não canta mais?

Como a gente perde uma companhia sempre alegre, sempre divertida, sempre invulnerável às centenas de rasteiras que a vida lhe deu?

Não sei. Sem chorar, sem acreditar, sem pensar muito. Apenas sentindo que o cérebro se recusa a processar a imformação, contando ao corpo e ao consciente que ela foi viajar, que não vai poder falar comigo por muito muito muito tempo mas que, quando eu menos esperar, ela volta. Lendo e relendo uma das últimas cartas que me escreveu, contando todas as senhas da internet, os segredos, as datas importantes para ela e para a mãe, para quem deve presentes, CDs gravados, o que prometeu ao namorado, que fim dar à sua coleção de traquitanas ligadas à sua banda de rock preferida, quem ficará com cada boneca, cada bijuteria, cada peça de roupa, cada bobagem guardada.

Desde sábado eu só me pergunto como a gente perde uma menina tão maravilhosamente lutadora como Carol. Qual a receita, a bula, o memorando, o manual de instruções. Como vou lidar com a dor quando ela chegar. Como vou encarar a mãe dela. Como vou responder ao último e-mail que ela me mandou.

4 comentários:

Marilia disse...

Nossa, Suzana...que tristeza.
Vou rezar pra vc conseguir encontrar força diante dessa dor inconformada que está sentindo.
Um beijo e um abraço apertado.

Anônimo disse...

Suzana...o que dizer?Não há nada a
dizer...só desejar...força!!
Ultimamente nas horas difíceis tenho ouvido uma música de um cantor
sueco chamado José Gonzalez que se
chama heartbeats me coloca prá cima
e me faz sonhar coisas boas.Tente,
ouça, vc acha no you tube.

Anônimo disse...

Buenas.
Fique com meus sinceros pêsames.
E guarde contigo a certeza do encontro, no futuro. Enquanto isso não acontece, viva, porque você me parece forte demais para esmorecer.
Qualquer coisa, estou por aqui.
Se cuida, 29 beijos.

Anônimo disse...

Poxa...
Poxa...
Nem sei o que dizer.
Tente ficar bem...